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 Por: Pedro Valdir Amaro Gurgel (1)

clip_image002PREFEITO CHICO BRITO E DR PEDRO VALDIR AMARO GURGEL

Observar-se um aspecto no município do Embu das Artes, o quanto a miscigenação está enraizada na vida da cidade. Trata-se de uma amalgama, formada por três matrizes culturais: os ameríndios, africanos e ibéricos; considerando que, as duas últimas são constituídas como vetores imigratórios.

Nos idos do século XVI encontrava-se nesta região oeste os índios tupiniquins, posteriormente vieram os africanos e ibéricos. Visto do ponto de vista ocidental, foram os jesuítas os introdutores do conhecimento e da educação, usando o método da catequese.

Entretanto, em uma analise mais crítica, considera-se a epistemologia ameríndia e valores da cosmovisão africana, decolando-se da postura dos lusitanos como primeiro em conhecimento, entre nós. Isto, sem desconsiderar importantes aspectos da axiologia portuguesa, que, possivelmente, contribuirão para a formação dos princípios de modernidade.

Nas lições do saudoso historiador Sergio Buarque de Holanda aprende-se que, os ibéricos não levavam em consideração a hereditariedade; e, ainda, entre os lusitanos a distinção de classes sociais não era algo rígido. Fenômeno que permitia algumas relações de horizontalidade, na dinâmica do cotidiano português, em meio à era do chamado “descobrimento”.

Entende-se com isso que o município do Embu das Artes é formado com contribuição de todas matrizes culturais, em favor de todas forças socioculturais, da população. Portanto, esta postura de transcendência de participação coletiva formadora; coloca na ordem do dia a discussão da mobilização da cidade por políticas públicas, sobretudo no âmbito da democratização do acesso ao conhecimento.

Abordagem que aponta para a inegável assertiva do prefeito Chico Brito, que, juntamente com os setores, embuenses, organizados teve o histórico discernimento da luta por um polo avançado da universidade federal, na municipalidade. Quadro que demonstra, que com a conquista da incorporação do termo arte no nome do município, Embu das Artes, agora a conquista do saber acadêmico.

A miscigenação faz a diferença. Um povo que resulta de tantos valores, certamente, tem um acúmulo maior para sensibilidade artística, sobretudo para fazer valer o direito ao conhecimento universitário com qualidade. Desta maneira, Cássio M’boy, Sakai e Solano Trindade, constituir-se-ão em referência das artes, sendo a subjacência do conhecimento universitário do Embu. Viva a consciência de respeito à diversidade, na relação de miscigenação, na arte enquanto principal atributo da cidade; que no dia 18/02/2012 comemora cinquenta e três anos de história. Com reconhecimento internacional nas artes e, que agora fará também história no conhecimento universitário de alto nível da conceituada universidade federal.

(1) Economista, jornalista, empresário e administrador da Mostra Internacional do Cinema Negro. Presidente do Diretório Municipal do PSD (Partido Social Democrático) de Embu das Artes.

Matéria Publicada na Edição 160 do Jornal O Ratual

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