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É um Aniversário que não pode ser esquecido.

Fato tão importante não pode passar em branca nuvem, como tem sido até agora. O Embu é uma das cidades mais antigas do Brasil, a primeira do Estado a ser fundada logo depois de São Paulo pelos padres jesuítas Nóbrega e Anchieta, em 25 de janeiro de 1554. Logo depois, Seis meses apenas, em 18 de julho de 1.554, o mesmo Nóbrega e, certamente, o Pe.Anchieta passaram por aqui para fundar a Missão Jesuítica na aldeia indígena do Boí, ou Mboí,1 hoje, a nossa Embu,Terra das Artes. Não foi por acaso que escolheram estas plagas. Desativada a missão de Maniçoba (hoje Itu), havia necessidade de um lugar mais tranquilo e próximo de São Paulo para defender a missão e os índios, que nela viviam, dos ataques de tribos inimigas e dos aventureiros portugueses, que, na busca frenética por ouro, os escravizavam.2

Explica o prof. Cagnin

Em 2001, o prof. Cagnin realizou a 1ª comemoração do Aniversário do Embu. Há 14 anos, vem se empenhando em dar a conhecer a história de Embu. Em 1998, apresentou projeto de Lei ao então vereador Geraldo Cruz para consagrar, oficialmente, o 18 de julho, dia do Aniversário de Fundação do Embu. No entanto, os vereadores que retornavam aos seus cargos, depois de afastados por corrupção, infringiram-lhe a fragorosa derrota de 18x1. Mas não esmoreceu, intensificou a campanha até a lei ser aprovada em 2003 pelo mesmo Geraldo Cruz, então prefeito do Embu. Foram anos de muito esforço e obstáculos. Hoje, está sacramentado na Lei Orgânica o dia 18 de julho como data oficial da Fundação de Embu (art. 218, § 2º, III). o Nos últimos 5 anos, apesar dos fartos programas sugeridos pelo professor, a prefeitura promoveu, com muito pouca divulgação, não mais que singelas menções ao fato, justificadas pela falta de verba.

Ao lado de São Paulo, o Embu mostrou, desde então, sua vocação para as artes na arquitetura, na pintura e na estatuária colonial da Igreja e Convento de N. S. do Rosário, um dos seis monumentos mais importantes de S. Paulo; assim teve participação efetiva na formação da cultura e da arte brasileira, iniciada pelo genial Pe. Anchieta nas obras de prosa, poesia, teatro e na gramática da língua tupi; Contribuiu ainda para expandir o território desse Brasil gigante pelos denodados bandeirantes da estirpe de Fernão Dias Pais, que lhe estenderam as fronteiras muito além do Tratado de Tordesilhas.

Para que o dia 18 de julho sempre seja lembrado e comemorado, a Casa de Cultura de Santa Teresa e a Ibioca, Nossa Casa na Terra, associações culturais e ambientalistas, e mais pessoas abnegadas e voluntárias, interessadas na preservação e na ampla divulgação da nossa história, da nossa cultura e tradições, estão preparando, desde já, as comemorações do Aniversário de Fundação do Embu, quando vai completar, junto com São Paulo, 458 anos. O objetivo é dar a conhecer aos cidadãos o que foi e o que é esta maravilhosa Cidade, no propósito de unir a todos na reabilitação dos seus valores, do seu tríplice patrimônio, histórico, ambiental, artístico, diante do desvairado e avassalador desenvolvimentismo, que já desfigurou, em muito, o nosso Embu de Antes. As homenagens se estendem aos jesuítas, especialmente ao Pe. Manuel da Nóbrega e ao Pe. José de Anchieta, os fundadores do nosso Embu, Terra das Artes, dos Mananciais, do Turismo.

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1. Boí é variante ou corruptela de Mboí. O -í, acentuado na ortografia atual, está do lugar da grafia antiga, -hi, ou -y, de Bohi, ou M'boy, , indica que estas palavras tem 2 sílabas, formam um hiato, isto é, as 2 vogais devem ser pronunciadas separadamente em 2 emissões de voz, Bo-í, Bo-hi, M'Bo-y, recaindo o tom mais forte na segunda vogal -i. Do exposto, é incorreta a pronuncia usual "MBôi", as 2 vogais do ditongo emitidas duma só vez. 2) O -y, no tupi antigo, significa "água", "rio"; e mbo-, cobra; 3) O y era pronunciado como o ü francês, som entre ï e ü, daí, o nome da cidade deriva-se, no correr do tempo, da sequência M'Boï > Mboü > Embu.

2. Os dados históricos foram colhidos do livro de Moacyr Jordão, Embu na História de São Paulo, obra premiada no 4º Centenário de São Paulo.

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